quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Governo estima novo salário mínimo de R$ 722,90 em 2014.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, anunciou, na manhã desta quinta-feira (29), que o novo valor do salário mínimo deverá ser de R$ 722,90. Trata-se de um aumento nominal de 6,66%.
O texto deve ser votado pela Câmara e pelo Senado, até o fim do ano, para que o reajuste possa valer a partir de 1º de janeiro de 2014.
Belchior esteve no Congresso para entregar ao presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), o Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2014.
"O novo valor incorpora a regra de valorização do salário mínimo que tem sido uma política importante de alavancagem da renda das famílias no Brasil, que tem nos levado a patamares de qualidade de vida muito superiores", disse.

Valor do mínimo ainda pode ser alterado

O valor final do salário mínimo estimado pelo governo ainda poderá ser mudado até o final do ano.
No ano passado, enquanto a proposta original do governo previa um mínimo de R$ 670,95, o valor final aprovado foi de R$ 678.

Vai ter uma grande Arranca-rabo no Senado...

Salário ideal seria de R$ 2.750,83, segundo Dieese
Para que um trabalhador conseguisse suprir as despesas básicas durante o mês de julho, ele deveria receber um salário mínimo no valor de R$ 2.750,83, segundo levantamento realizado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
O valor é 380% maior do que o proposta pelo governo para o próximo ano.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Jovem morre após consumir fruta típica em Parintins (AM)

Sanduíche com tucumã, o x-caboclinho (ou x-caboquinho) é tradicional no Amazonas
O tucumã – fruta típica da Amazônia – pode ter sido a causa da morte de uma jovem de 17 anos no município de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). A jovem deu entrada no hospital Padre Colombo no domingo (25), sentindo fortes dores abdominais, além de fraqueza, vômito e diarreia, mas depois de medicada, foi liberada. No dia seguinte, retornou ao hospital com o quadro ainda mais grave.
De acordo com a tia da jovem, Josy Augusta da Silva, a menina consumiu o produto na quinta-feira (22). "Ela chegou da escola e lanchou tucumã. Logo depois, começou a passar mal vomitou uma coisa meio verde. De lá para cá, passou muito mal. É muito triste e revoltante o que aconteceu com a minha sobrinha", comentou.
A secretária de saúde de Parintins, Maria do Desterro, informou que, na manhã de segunda-feira (26), a jovem retornou ao hospital em estado mais grave. A ideia da Secretaria Municipal de Saúde de Parintins era encaminhar a jovem para Manaus, onde pudesse receber melhor atendimento, porém ela morreu após parada cardiorrespiratória.
Além da jovem, a direção do hospital Padre Colombo, em Parintins, informou que pelo menos dez pessoas deram entrada no hospital nas últimas semanas afirmando desconforto intestinal após comerem o fruto. Para evitar que outros casos ocorram, a secretaria de saúde da localidade acionou a Vigilância Sanitária para retirar o fruto de todo o comércio de Parintins.
Uma das hipóteses para explicar os casos é a intoxicação por carbureto, um composto químico muito usado por agricultores da região para fazer as frutas amadurecerem mais rápido.
Por isso, os tucumãs serão enviados para análise no Laboratório Central de Manaus. "É neste laboratório que será checado se há ou não indícios de carbureto. O resultado estará pronto em um mês", disse a secretária de saúde de Parintins, Maria do Desterro.
Na dúvida sobre a contaminação do fruto, a dona de casa Graça Almeida, 43, disse que vai retirar do cardápio do café da manhã de seu restaurante no município qualquer tipo de alimento que contenha tucumã. É que faz parte do café da manhã dos amazonenses o "X-caboquinho" – pão com queijo e tucumã fatiado.
A Prefeitura de Parintins informou que o carbureto é altamente tóxico para o consumo humano e não pode ser ingerido. E caso seja confirmada a presença do composto químico nas unidades de tucumã enviados ao Lacen, os responsáveis pelo procedimento com a fruta serão punidos.
O Centro de Informações Toxicólogicas do Amazonas informou que foi procurado pela Secretaria Municipal de Saúde de Parintins para que repassasse informações a respeito do composto químico carbureto. Segundo a atendente da central, as informações transmitidas pela secretaria não foram suficientes para uma completa análise do caso. Além disso, o serviço nunca recebeu qualquer denúncia de intoxicação pelo produto.